domingo, 25 de agosto de 2019

As Flores do Cerrado e suas energias

Fonte: Revista Natureza e Site Florais do Cerrado, Claudia do Valle Gonçalves

Morei muitos anos no Cerrado e lá me apaixonei por este lugar mágico e de pura energia. A pesquisa de Florais do Cerrado estava começando e vi como as Flores e Cristais são poderosos para ajudar o ser humano a viver melhor neste mundo tão conturbado como o de hoje.

Minha paixão pela natureza e pelo cerrado me impulsionou para estudar mais sobre as especieis que são utilizadas nos florais, bem como os cristais tão poderosos para as curas. Sou formada em terapia de cristais, florais, ayurveda, entre outras. Como profissional da área de programação visual, estudei durante anos a teoria das cores, sua influência nos ambientes e nas pessoas. O estudo das Mandalas e seu uso nas diversas áreas, os florais e cristais e a vontade de unir tudo, me levou a associar os aprendizados e usar as fotos feitas por mim, das flores do cerrado e de outras regiões para criar as minhas mandalas.

Sobre os florais, tenho por base o lindo e sério trabalho da Claudia do Valle Gonçalves, pesquisadora  das terapias holísticas e artes vibracionais, há mais de 17 anos  trabalhando na  pesquisa das flores, das águas e cristais na Chapada dos Veadeiros – GO.

Cada mandala é criada com base nos estudos e após uma meditação pois certamente a intuição contribui com a criação, principalmente quando alguém me pede uma mandala específica.

Para que haja uma compreensão do poder das Flores do Cerrado falarei sobre algumas delas, as que se destacam para mim, e as quais já utilizei em algumas Mandalas. Para isso utilizo textos das fontes já referenciadas acima acrescido do meu sobre as mandalas.

Canela de Ema



Canela de Ema: é a “Flor Fênix” do sistema, renasce das cinzas. Seu floral, muito bom para a reestruturação do indivíduo, em processos de grandes perdas. Em casos de luta pela vida. Traz coragem, autodeterminação e lucidez no aqui e agora; força para reconstruir.
Sua Mandala liberta padrões antigos e transmuta, abrindo espaço para o novo. Ajuda também na meditação.

Calliandra



Calliandra: É popular no Cerrado e de rara beleza, seu floral trabalha no coração, acalma os pensamentos e integra as energias que se encontram dispersas. Trabalha a agitação, trazendo mais foco.
Sua Mandala centra e tranquiliza para tomadas de decisão.

Chuveirinho (Paepalanthus)



Chuveirinho: Seu floral é indicado para a meditação. Trabalha o ancoramento do corpo de luz, promovendo novo equilíbrio. Atua nos canais energéticos, amplia a consciência e a capacidade cerebral.
Sua Mandala traz equilíbrio e foco.


Caleandra Prateada



Caleandra PrateadaSeu floral promove a captação das informações do campo de consciência sutil, gera uma expansão do campo áurico. Reequilibra a energia. Amplia o canal de percepção sensorial e intuitivo.
Sua Mandala usada na meditação traz paz e conexão com seu Eu Superior


Capim Gordura



Capim Gordura: Seu floral propicia uma regeneração profunda daquelas áreas de nossa psique que ficaram traumatizadas por um processo de transformação ou mudanças violentas e dolorosas, que nos levou a temer qualquer movimento em nossa vida. Ajuda a lidar com o encerramento e recomeço de ciclos com leveza e confiança.
Sua Mandala usada para trazer a toda a força interna de recomeço

Ipê amarelo



Ipê amarelo: Seu floral propicia um estado de harmonia e entusiasmo para com a vida, a natureza e o Universo. Integra o corpo, a mente e o espírito, que recebe um banho de luz dourada, gerando ânimo, vitalidade, alegria, fé e maior clareza na consciência.
Sua Mandala usada para trazer alegria, ânimo e vitalidade

Sucupira



Sucupira: Seu floral ativa as percepções sutis, que levam aos processos de aprofundamento e encontro para consigo. Traz a sabedoria da Terra. Possibilita modificações estruturais de padrões de comportamento, para chegar à raiz. Reconhecimento do conhecimento que há dentro de si mesmo.
Sua Mandala usada na meditação traz o autoconhecimento

Mimosa



Mimosa: Seu floral traz à tona a energia da compreensão e da coragem, por meio da amorosidade e da fé que vem do coração. Trata as fobias

Sua Mandala usada na meditação traz soltura e liberdade ao espírito

Corticeira ou Crista de Galo do Cerrado




Corticeira ou Crista de Galo do CerradoSeu floral dá uma injeção de coragem e força para que o indivíduo saia do estado de letargia aguda. Propicia a alegria e vontade de viver. Promove ação e determinação
Sua Mandala usada na meditação traz energia de ação e determinação



domingo, 17 de abril de 2011

JUNG E AS MANDALAS

As mandalas foram conhecidas no mundo ocidental, cristão, somente em época recente, graças ao interesse pela tradição religiosa-espiritual e esotérica sobre o mundo oriental (Aranha e Martins, 1987). As pesquisas de Jung sobre o simbolismo das mandalas contribuíram para torná-las acessíveis ao público ocidental. Foi quando se identificou uma relação entre o material espontâneo dos sonhos dos indivíduos que atravessavam crises interiores e os estranhos símbolos encontrados nos desenhos mandálicos.

Jung descobriu que o inconsciente se expressa por meio de símbolos. Ele concluiu que existem símbolos no inconsciente coletivo (dentro de nós), símbolos religiosos tais como o símbolo do dharma budista, a cruz, a estrela de David entre muitos outros.

“Para Jung, cada pessoa que nasce, traz consigo como que uma "herança ancestral" de toda a história da humanidade codificada em símbolos. (Psicóloga Junguiana Dra. Maria Aparecida Diniz Bressani)

O ser humano vive, na verdade, simbolicamente, porém, com seu racional desenvolvido (principalmente aqui no ocidente), acabou se afastando do ser divino que há em si (que se expressa por meio de símbolos) e é por isso que ele, atualmente, não consegue compreender a linguagem dos símbolos. É preciso saber "ouvir" os símbolos!”.

Jung estudou as mandalas e as utilizou em seu consultório. Constatou que seus pacientes melhoravam ou relaxavam com o uso da mesma. Ele dizia que a mandala poderia trabalhar a Psique, atuando para o processo de autoconhecimento do cliente. Existem mandalas especificas para este trabalho, outras atuam em áreas diferentes. Jung descobriu que as mandalas expressavam conteúdos interiores do ser humano, e no seu estudo das manifestações do inconsciente, seus analisados produziam de forma espontânea desenhos de mandalas, sem saber o que ela é ou o que estavam fazendo, e ele dizia, que isso tende a acontecer com pessoas que possuem um progresso muito grande na sua individuação.

Jung ficou muito interessado no símbolo mandálico taoísta chamado A Flor de Ouro,q ue era um material trazido frequentemente por seus pacientes. A Flor de Ouro é desenhada tanto como um ornamento geométrico regular, ou de cima, ou um borrão crescendo de uma planta. A planta com freqüência nasce da escuridão, possui cores ardentes e tem um botão de luz no topo. Jung publicou um livro chamado “O Segredo da Flor de Ouro”, junto com Richard Wilhelm. O livro traz comentários ao texto taoísta do mesmo nome. Compara a filosofia taoísta com os conceitos da psicologia analítica da anima e animus, movimento circular, mandala e a desintegração da consciência.
Diz Jung: [...] as mandalas não provêm dos sonhos, mas da imaginação ativa [...] As mandalas melhores e mais significativas são encontradas no âmbito do budismo tibetano [...] Uma mandala deste tipo é assim chamado “yantra”, de uso ritual, instrumento de contemplação. Ela ajuda a concentração, diminuindo o campo psíquico circular da visão, restringindo-o até o centro.

E prossegue: Este centro não pensando como sendo o “eu”, mas se assim se pode dizer, como o “si mesmo”. Embora o centro represente, por um lado, um ponto mais interior, a ele pertence também, por outro lado, uma periferia ou área circundante, que contém tudo quanto pertence a si mesmo, isto é, os pares de opostos, que constituem o todo da personalidade.








Mandala - Conhecendo melhor

Em sânscrito, a palavra a palavra mandala significa centro, círculo ou círculo mágico. No buddhismo Vajrayana, mandala refere-se a um tipo de diagrama simbólico de uma mansão sagrada (sânsc. yantra), o palácio de uma divindade meditacional, a dimensão pura da mente iluminada.
A Mandala é um instrumento de contemplação, meditação, concentração e relaxamento. Uma mandala de uso ritual na meditação é instrumento de contemplação. Ela ajuda a concentração, diminuindo o campo psíquico circular da visão, restringindo-o até o centro.

A meta da contemplação dos processos representados na mandala é que o indivíduo perceba (interiormente) o deus, isto é, pela contemplação ele se reconhece a si mesmo como deus, retornando assim da ilusão da existência individual à totalidade universal do estado divino. Como já foi dito, mandala significa circulo.

Há muitas variações das mandalas, mas todas se baseiam na quadratura do circulo. Seu tema básico é a conexão com um ponto, um lugar central no interior da alma, com o qual tudo se relaciona e que ordena todas as coisas, representando ao mesmo tempo uma fonte de energia, sua essência. Este centro não é pensado como sendo o “eu”, mas se assim se pode dizer, como o “si-mesmo”. O ponto central é a matriz criativa do universo, o portal que se abre para a própria Realidade transcendente.

A energia do ponto central manifesta-se na compulsão e ímpeto irresistíveis de tornar-se o que se é, tal como todo organismo é compelido a assumir aproximadamente a forma que lhe é essencialmente própria. O que indivíduo busca com esse exercício de meditação com esta mandala é sem dúvida uma transformação psíquica. O “eu” é expressão da existência individual.


No Tibet, as mandalas, “thangkas”, usadas para meditar, são consideradas como “templos ambulantes” dada a vida nómada dos tibetanos. Representam teorias budistas, biografias de budas e a sua actividade religiosa, preservam a iconografia, os sucessos históricos e a cultura tibetana.

No oriente, a prática de meditação por meio da observação de mandalas remonta a milénios. Os monges tibetanos possuem uma simbologia própria que é expressa quando criam mandalas. As mandalas são constituídas por uma série de círculos concêntricos, cercados por um quadrado que, por sua vez, é cercado por outro círculo. O quadrado possui um portão no centro de cada lado, o principal voltado para o leste, com outras três entradas em cada ponto cardeal. Eles representam entradas para o palácio da divindade principal e são baseados no desenho do templo indiano clássico de quatro lados. Tais mandalas são plantas elaboradas do palácio, visto de cima. Os portais, porém, muitas vezes são "deitados", assim como os muros externos. Estes portais são elaboradamente decorados com símbolos tântricos. A arquitetura da mandala representa tanto a natureza da realidade como a ordem de uma mente iluminada. A divindade central representa o estado da iluminação e as várias partes do palácio indicam os aspectos chave da personalidade iluminada. As divindades iradas representam as próprias emoções negativas …

A forma como o quadrado toca o círculo e o número de eixos que se repetem simetricamente são considerados sagrados porque os tibetanos acreditam que a mandala é uma forma de busca da ordem e da disciplina. Além dessas práticas e explicações, alguns matemáticos utilizam as mandalas para expor conceitos de geometria. Inegável é o fascínio que essas formas produzem ao serem observadas pelas pessoas.