domingo, 17 de abril de 2011

Mandala - Conhecendo melhor

Em sânscrito, a palavra a palavra mandala significa centro, círculo ou círculo mágico. No buddhismo Vajrayana, mandala refere-se a um tipo de diagrama simbólico de uma mansão sagrada (sânsc. yantra), o palácio de uma divindade meditacional, a dimensão pura da mente iluminada.
A Mandala é um instrumento de contemplação, meditação, concentração e relaxamento. Uma mandala de uso ritual na meditação é instrumento de contemplação. Ela ajuda a concentração, diminuindo o campo psíquico circular da visão, restringindo-o até o centro.

A meta da contemplação dos processos representados na mandala é que o indivíduo perceba (interiormente) o deus, isto é, pela contemplação ele se reconhece a si mesmo como deus, retornando assim da ilusão da existência individual à totalidade universal do estado divino. Como já foi dito, mandala significa circulo.

Há muitas variações das mandalas, mas todas se baseiam na quadratura do circulo. Seu tema básico é a conexão com um ponto, um lugar central no interior da alma, com o qual tudo se relaciona e que ordena todas as coisas, representando ao mesmo tempo uma fonte de energia, sua essência. Este centro não é pensado como sendo o “eu”, mas se assim se pode dizer, como o “si-mesmo”. O ponto central é a matriz criativa do universo, o portal que se abre para a própria Realidade transcendente.

A energia do ponto central manifesta-se na compulsão e ímpeto irresistíveis de tornar-se o que se é, tal como todo organismo é compelido a assumir aproximadamente a forma que lhe é essencialmente própria. O que indivíduo busca com esse exercício de meditação com esta mandala é sem dúvida uma transformação psíquica. O “eu” é expressão da existência individual.


No Tibet, as mandalas, “thangkas”, usadas para meditar, são consideradas como “templos ambulantes” dada a vida nómada dos tibetanos. Representam teorias budistas, biografias de budas e a sua actividade religiosa, preservam a iconografia, os sucessos históricos e a cultura tibetana.

No oriente, a prática de meditação por meio da observação de mandalas remonta a milénios. Os monges tibetanos possuem uma simbologia própria que é expressa quando criam mandalas. As mandalas são constituídas por uma série de círculos concêntricos, cercados por um quadrado que, por sua vez, é cercado por outro círculo. O quadrado possui um portão no centro de cada lado, o principal voltado para o leste, com outras três entradas em cada ponto cardeal. Eles representam entradas para o palácio da divindade principal e são baseados no desenho do templo indiano clássico de quatro lados. Tais mandalas são plantas elaboradas do palácio, visto de cima. Os portais, porém, muitas vezes são "deitados", assim como os muros externos. Estes portais são elaboradamente decorados com símbolos tântricos. A arquitetura da mandala representa tanto a natureza da realidade como a ordem de uma mente iluminada. A divindade central representa o estado da iluminação e as várias partes do palácio indicam os aspectos chave da personalidade iluminada. As divindades iradas representam as próprias emoções negativas …

A forma como o quadrado toca o círculo e o número de eixos que se repetem simetricamente são considerados sagrados porque os tibetanos acreditam que a mandala é uma forma de busca da ordem e da disciplina. Além dessas práticas e explicações, alguns matemáticos utilizam as mandalas para expor conceitos de geometria. Inegável é o fascínio que essas formas produzem ao serem observadas pelas pessoas.

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